| 30/01/2007 22h22min
O problema físico de Gustavo Kuerten na partida desta segunda, em Viña del Mar, não deve ser encarado como retrocesso na recuperação do quadril. Quem garante é o fisioterapeuta Nilton Petrone, o Filé, responsável pelo tratamento do ex-número 1 do mundo durante 2006, um dos anos mais duros de sua carreira.
Apesar de ter liberado Guga em setembro e de ter tido pouco contato em seguida, Filé não se mostrou preocupado com o fato de o tenista ter pedido atendimento no segundo set contra Albert Montañes e de ter feito caras feias enquanto o fisioterapeuta do torneio massageava a região. Guga ainda seguiu no jogo e só perdeu mais tarde, no segundo tie-break.
– O que ele deve estar sentindo agora são as dores musculares normais de quando você pára por um tempo e de repente volta com carga forte. A região do glúteo é sensível e pode atrapalhar quando você fica cansado – explicou Filé.
O fisioterapeuta se mostrou animado com o retorno do tenista às competições em partida longa e complicada.
– Ele vem evoluindo, mesmo perdendo partidas. Ele entra agora num mês importante, em que vai jogar o Brasil Open e pegar mais jogos duros. Ele quer dar esse salto e vai ter que suportar esse estresse para ter o conforto mais tarde. Mas estou bastante confiante porque ele vem trabalhando duro. Não podemos fazer sensacionalismo em cima disso – completou.
Filé, que agora trabalha como fisioterapeuta do Santos, também fez questão de deixar “conselhos” para o tenista e garantiu estar pronto para nova ajuda caso ela seja necessária.
– Ele tem apenas que seguir com o trabalho de manutenção, senão as dores musculares se desencadeiam. É muito importante que ele trabalhe em cima disso. Já falei e falo de novo: deixo a porta do centro do Santos aberta para ele. Se quiser aparecer para fazer uma reavaliação, estaremos à disposição. Só acho que por enquanto vai ser difícil porque ele vem em série de torneios, bastante focado – finalizou o fisioterapeuta, que também teve participação nas recuperações de outros “craques”, como Ronaldo e Romário.
GAZETA PRESS