Este ano, o Fórum Econômico Mundial não teve o glamour das estrelas de Hollywood. Quem levantou a bandeira das causas sociais, foram as celebridades européias, como o astro do rock Bono, vocalista do U2.

Durante entrevista ao lado do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, Bono Vox fez cobranças. Ele lembrou que, há dois anos, os ricos prometeram ajudar os países africanos. Mas, desolado, lamentou que políticos, geralmente, sejam "bons em assinar cheques, mas não em descontá-los".

– Temos que pensar na África mais como uma oportunidade e menos como um fardo – disse o vocalista do U2.

O cantor Peter Gabriel, por sua vez, veio divulgar o trabalho de uma ONG que promove a distribuição de computadores e câmeras para organizações de direitos humanos ao redor do mundo. Uma iniciativa para colocar na internet os depoimentos de vítimas de abusos; uma causa que Gabriel defende com a beleza poética de suas canções.

– É chocante ver que as pessoas sofrem e depois suas histórias são esquecidas, enterradas e negadas. Temos um novo mundo de tecnologia que pode botar isso no passado. As pessoas vão poder contar e escrever suas histórias para serem vistas e ouvidas – disse.

AGÊNCIA O GLOBO