| 22/01/2007 09h52min
Seja qual for o resultado das eleições na Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já decidiu: não vai ampliar o espaço do PT no governo. Segundo reportagem do jornal O Globo publicada nesta segunda, Lula avisou a um interlocutor do PT: não pretende abrir novos espaços para indicações de petistas, como no primeiro mandato.
As nomeações de quadros do PT deverão ser muito mais de sua cota pessoal do que indicações de líderes para representar tendências e grupos do partido. Lula resolveu aproveitar a disposição do PT de lançar a candidatura do líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), de forma autônoma para se livrar das pressões do partido na reforma ministerial. Em relato feito em seu gabinete para explicar a decisão, semana passada, de ficar neutro na disputa, Lula mostrou-se convencido de que, se tivesse "tratorado" o partido para retirar a candidatura de Chinaglia em dezembro, teria que oferecer boa compensação. O que, nas palavras do presidente, deixaria-o refém do PT. Para Lula, o custo seria alto, principalmente, porque sua estratégia é de ficar mais livre da influência do PT em seu segundo mandato. AGÊNCIA O GLOBO