| 18/01/2007 21h03min
O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), reiterou a disposição de manter sua candidatura à presidência da Casa. Mas tanto ele quanto seu adversário, o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não pretendem usar o aumento dos salários dos parlamentares como plataforma de campanha.
Pelo contrário, diante da repercussão negativa do aumento de 91% proposto no fim do ano passado para o subsídio, os dois candidatos consideram que a melhor alternativa para se acabar com a polêmica em torno do assunto seria conceder apenas a reposição da inflação do período. – O reajuste não pode ultrapassar os índices da inflação dos últimos quatro anos, quando foi feita a última correção dos subsídios. Aumentos acima da inflação só devem ser concedidos para o salário mínimo – pregou Agripino. Embora tenha uma posição semelhante, Calheiros foi um pouco mais reticente, tendo em vista que ele e o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PcdoB-SP), comandaram, no fim do ano passado, a reunião da Mesa e dos líderes das duas Casas que aprovou a equiparação dos subsídios dos parlamentares com o vencimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). – O Congresso, claro, tem de estar em sintonia com a sociedade. Talvez a reposição da inflação seja o melhor caminho, mas a decisão será dos líderes e do plenário das duas Casas – afirmou. AGÊNCIA O GLOBO