| 18/01/2007 12h03min
Sete de cada dez habitantes de Johanesburgo, a principal sede da Copa do Mundo de 2010, que ocorrerá na África do Sul, não acreditam que o país conseguirá se preparar a tempo para a competição. Segundo uma pesquisa realizada pelo The Star, o jornal de maior tiragem da cidade, 67% de seus leitores acham que a África do Sul não ficará pronta para sediar o Mundial, que será disputado entre 11 de junho e 11 de julho de 2010.
A pesquisa foi realizada por causa de comentários do prefeito Amos Masondo, que tentou fugir das críticas assegurando que os estádios e demais infra-estruturas ficarão prontas até a Copa.
– Nossos planos e preparativos estão dentro do cronograma e do orçamento previstos – disse Masondo.
Outra das maiores preocupações dos cidadãos e das autoridades é a segurança, já que a África do Sul tem uma das taxas de criminalidade mais altas do mundo. Neste sentido, Masondo afirmou que estão previstos o aumento do número de câmeras de vigilância nas ruas e o reforço da polícia com a formação de mais 4 mil agentes.
O otimismo das autoridades locais não é compartilhado por alguns membros da Fifa, que vêem com preocupação os excessivos custos das obras e seu atraso, além do problema da segurança e da deficiente rede de transportes. A este respeito, o prefeito destacou que o Mundial é uma grande ocasião para acelerar grandes projetos para a cidade, como a melhoria do transporte público.
As dúvidas surgiram de várias instâncias da Fifa e de reconhecidas figuras internacionais do esporte, e, em sua maioria, expressavam preocupação com o atraso no começo dos trabalhos de construção e reforma dos estádios que serão usados.
Em Johanesburgo, uma das obras em curso é a reforma do estádio FNB, cuja capacidade aumentará de 70 mil para 94 mil espectadores, a um custo de 1,5 bilhão de rands (aproximadamente US$ 162 milhões), que, segundo Masondo, terminará sete meses antes do previsto, em março de 2009.
Os estádios FNB e Ellis Park serão os únicos de Johanesburgo que sediarão partidas da Copa de 2010.
AGÊNCIA EFE