| 15/01/2007 19h39min
O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse não ter constrangimento em receber o apoio de partidos envolvidos no mensalão, como o PL, que agora faz parte do PR, comandado pelo ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. Chinaglia disse que já houve uma grande renovação no comando do partido e que vários outras legendas também tiveram parlamentares citados nas investigações do mensalão.
O petista lembrou que é uma nova legislatura e que os deputados foram eleitos democraticamente e, por isso, têm legitimidade para participar do processo de escolha do novo comando da Câmara. Chinaglia afirmou que a bancada do PL também foi decisiva para eleger o atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O PR, antigo PL, decidiu no final da tarde desta segunda-feira pelo apoio à candidatura do líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para a presidência da Câmara. – Imagina se eu fosse condenar cada instituição, partido, ou órgão de imprensa pelos erros do passado. Não sou responsável por cada deputado que votar em mim – afirmou Chinaglia. O escândalo do mensalão envolveu o presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), que renunciou ao mandato para fugir do processo de cassação. O então líder do partido Sandro Mabel (FO) também foi envolvido no escândalo, e absolvido no plenário. AGÊNCIA O GLOBO