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 | 01/01/2007 20h05min

Governador do Rio pedirá ajuda da Força Nacional

Sérgio Cabral disse que falou com Lula sobre situação do Estado

O novo governador do Rio, Sérgio Cabral, afirmou nesta segunda-feira que irá pedir ajuda imediata à Força Nacional de Segurança para o estado. Cabral, que está em Brasília para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que, inicialmente, a força iria para a cidade apenas para ajudar na segurança dos jogos Pan-Americanos, em julho, mas que é importante que as forças cheguem antes para aperfeiçoar seu treinamento e também pelo fato de o Rio estar em alta temporada turística.

– Acho importante que a Força Nacional já esteja no Rio em Janeiro para fazer seus exercícios e dar segurança à população. Acho importante ela ir antes, imediatamente – disse Cabral, que tomou posse na manhã desta segunda-feira, em cerimônia na Alerj.

Cabral defendeu parcerias do governo do Estado com o governo federal e revelou ter falado rapidamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação da segurança no Rio quando o encontrou na cerimônia de posse. Durante discurso, o presidente chegou a classificar os ataques que aconteceram no Rio de terrorismo.

Mais cedo, o novo secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, disse que vai reforçar o policiamento nas ruas do Rio. Ele afirmou que vai intensificar a união entre as polícias Civil e Militar no combate à criminalidade, e acrescentou que, se for preciso, contará com a ajuda do Exército.

Segundo Beltrame, que tomou posse nesta segunda, todas as instituições de inteligência policial estão interagindo com harmonia nestes últimos dias, desde os ataques criminosos em série que mataram 19 pessoas. O novo secretário, que terá um encontro nesta terça-feira com o secretário nacional e Segurança Pública, Luiz Fernando Correa, disse que vai enfrentar milícias e traficantes, que disputam o controle de favelas no estado.

O presidente Lula disse no dia 30 de dezembro que, apesar de oferecer reforço da Força Nacional de Segurança para conter a onda de violência vivida pelo Rio de Janeiro nos últimos dois dias, o governo federal não vai "se intrometer" na situação do estado.


– Nós não queremos e não vamos nos intrometer. O que podemos fazer, e estamos fazendo, é oferecer aquilo que o governo federal pode oferecer a nível de inteligência, de segurança – disse.

Os ataques a ônibus, delegacias e cabines da Polícia Militar começaram na madrugada do dia 28 de dezembro. Até agora, 19 pessoas morreram nos ataques ou em confrontos com a polícia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado, os atentados criminosos foram motivados por facções criminosas dentro dos presídios que temem mudanças na política carcerária com a mudança do governo de Rosinha Matheus para o de Sérgio Cabral, eleito em novembro.

Lula ainda falou que a relação do governo federal com o governador eleito do estado, Sérgio Cabral (PMDB), possivelmente será "a melhor relação desde que existe o governo federal, desde que existe o Rio de Janeiro".

AGÊNCIA O GLOBO
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