| 29/12/2006 23h10min
A Viação Itapemirim ainda não localizou nove dos 28 passageiros que estavam no ônibus número 6011, que fazia a viagem de Cachoeiro de Itapemirim a São Paulo, incendiado na madrugada dessa quinta. Além das sete vítimas que morreram carbonizadas, outras duas pessoas não foram localizadas pela empresa.
Parentes de quatro dos sete passageiros que morreram queimados dentro do ônibus estiveram, na manhã dessa quinta, no laboratório da Academia de Polícia (Acadepol), para fazer exames de DNA. Técnicos vão comparar o material retirado dos corpos carbonizados com o de parentes das vítimas. O resultado sairá em 30 dias.
Muita tristeza e revolta marcaram a passagem dos parentes pela Acadepol. Todos reclamaram da Itapemirim, já que nenhum funcionário teria sido escalado para orientá-los quando chegassem ao Rio. O ônibus, que seguia do Espírito Santo para São Paulo, foi atacado na Avenida Brasil.
Entre os feridos, além da modelo Maria Beatriz Furtado de Araújo, de 29 anos, outros quatro passageiros seguem internados por causa de queimaduras, de acordo com boletim divulgado pela própria Itapemirim. Sete corpos foram encontrados carbonizados dentro do veículo e ainda serão identificados por exames de DNA em cerca de 30 dias. Outros 16 passageiros já foram liberados.
Elias Batista dos Santos está em estado gravíssimo no Hospital Pedro II, em Santa Cruz, com 75% do corpo atingido. Na mesma situação está Fernanda Furtado que permanece internada no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Souza Aguiar com 54% do corpo atingido. Já Maria da Penha Moraes está em estado grave, com 20% do corpo com queimaduras. Flávia S. Aranha Neto também está hospitalizada.
A secretaria informou ainda que Ivanilda Lemos, vítima de uma explosão relacionada aos ataques realizados na cidade, está no politrauma do Hospital do Andaraí. Já Wellington de Souza, baleado no ombro direito, suspeito de ter participado do ataque que causou a morte do PM Genival Martins, foi operado e está na enfermaria do Souza Aguiar, aguardando transferência para o Hospital Penal.
AGÊNCIA O GLOBO