| 23/12/2006 16h00min
O Conselho de Segurança da ONU aprovou hoje uma resolução que impõe sanções tecnológicas e financeiras ao Irã se o país não suspender suas atividades de enriquecimento de urânio, dando-lhe 60 dias como prazo.
A resolução, apresentada por Reino Unido, França e Alemanha, foi adotada por unanimidade pelos 15 membros do Conselho de Segurança.
O documento é o resultado de dois meses de negociações, após as fortes divisões existentes entre os membros do Conselho de Segurança que querem uma ação mais gradual, entre eles Rússia e China, e os que defendem medidas mais duras, como os Estados Unidos.
O texto da resolução pede ao Irã que suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio e o desenvolvimento de um reator de água pesada, uma exigência feita há tempos pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Se não cumprir as exigências, o Irã deverá enfrentar sanções como a proibição de importações e exportações de materiais perigosos e de tecnologia relacionada ao enriquecimento e reprocessamento de urânio e com seus programas de mísseis balísticos. A resolução proíbe os Estados-membros da ONU de fornecer material e tecnologia que o Irã possa utilizar em seus programas nucleares e de mísseis.
Além disso, a medida estabelece o congelamento dos ativos financeiros de companhias e indivíduos-chave envolvidos no programa nuclear, que fazem parte de uma lista adjunta ao texto da resolução.
O documento pede ao diretor da AIEA, Mohammed ElBaradei, que apresente um relatório em 60 dias sobre o cumprimento da resolução pelo Irã.
O governo iraniano já ignorou uma resolução anterior do Conselho de Segurança, que lhe dava como prazo o último dia 31 de agosto para que suspendesse suas atividades nucleares. Teerã anunciou que reagirá da mesma maneira em relação ao novo documento.
AGÊNCIA EFE