| 23/12/2006 08h00min
Toda a esperança do Emelec, adversário do Inter no Grupo 4 da Libertadores 2007, reside em dois argentinos do Boca Juniors. Os atacantes Marcos Mondaini e Luis Escalada, ídolos absolutos do clube equatoriano, dependem da renovação do empréstimo para a próxima temporada. O presidente do Emelec, Ferdinand Hidalgo, admite dobrar o salário de ambos, tal a pressão da torcida pela permanência da dupla.
De acordo com Federação Internacional de História, Estatística e Censo, Escalada, 20 anos, é nada menos do que o sétimo maior goleador da temporada no mundo inteiro. Fez 29 gols no Equador. Está na frente, por exemplo, de Thierry Henry, do Arsenal, que somou 27 atuando na Liga dos Campeões da Europa e no Campeonato Inglês. Mondaini, 23 anos, marcou outros 13 na temporada. Por isso, o Emelec aposta na dupla do Boca para chegar a sua primeira final de Libertadores – o máximo que o clube alcançou foi uma semifinal, em 1995. Reforços, por enquanto, estão descartados. O objetivo primordial é manter Escalada e Mondaini.
O Emelec conquistou vaga direta na Libertadores ao conquistar o vice-campeonato do país. Ficou cinco pontos atrás do El Nacional, mas a torcida festejou invadindo o gramado do Estádio George Capwell, que leva o nome do norte-americano fundador do clube e tem capacidade para 30 mil pessoas.
Tirando os dois atacantes e o goleiro Horácio, também argentino, o resto do grupo de jogadores é nascido no Equador, que depois da Copa da Alemanha experimentou uma debandada para o Exterior. Sete jogadores foram vendidos após a boa participação da seleção no Mundial. Ao todo, 23 atuam fora do Equador, número alto para um país sem tanta expressão no futebol.
DIOGO OLIVIER/ZERO HORA