| 21/12/2006 13h59min
Habitantes da cidade argentina de Gualeguaychú ratificaram sua oposição à construção de fábricas de celulose no Uruguai, ao rejeitar ontem à noite uma trégua ao bloqueio do trânsito para a localidade uruguaia de Fray Bentos, durante as festas de Natal.
A Assembléia Ambiental de Gualeguaychú permitiu apenas a passagem a pé sobre a ponte General San Martín, sobre o rio Uruguai, que leva a Fray Bentos, onde a empresa finlandesa Botnia está construindo uma fábrica de celulose.
Entre segunda e terça-feira passadas, a Corte Internacional de Haia recebeu alegações do Uruguai para que impeça os bloqueios de passagens fronteiriças, enquanto a Argentina respondeu que o assunto não está ligado à disputa que ambos os países mantêm há dois anos, devido à instalação de fábricas de celulose em território uruguaio.
A Corte Internacional de Haia, onde há a discussão sobre se o Uruguai violou o tratado de administração do rio homônimo, como alega a Argentina, rejeitou em julho passado um pedido argentino para que parassem as obras de fábricas de celulose em território uruguaio.
A espanhola Ence, que construiria uma fábrica de celulose em Fray Bentos, optou por levá-la à localidade uruguaia de Pereyra, sobre o rio da Prata, 200 quilômetros ao sul e a 40 quilômetros do litoral argentino.
AGÊNCIA EFE