| 21/12/2006 13h05min
De "férias forçadas" na tranqüila Vinhedo depois de apenas 37 dias trabalhando à frente do Palmeiras, o agora desempregado Jair Picerni quebrou o silêncio que imperava desde a sua saída do Palestra Itália e falou tudo o que estava engasgado em relação à direção do clube no qual foi campeão da Série B em 2003. Depois de negar que tenha sido demitido por telefone, o treinador desdenhou da atitude da diretoria palmeirense:
– Como é que alguém pode analisar um trabalho de uma comissão técnica em 36 ou 37 dias? Nossa prioridade, quando contratado, era não cair e conseguimos essa graça, pois foi realmente uma graça. Tinha muita gente para sair. Por que mexer em uma comissão que fez o que foi combinado? – questionou, indignado.
Picerni continuou desabafando ao falar sobre a justificativa dada por Seraphim Del Grande, de que o treinador ideal do Palmeiras em 2007 tinha que ser "mais novo e com novas idéias". Para o ex-comandante palmeirense, a explicação não tem sentido.
– Falar que trocou de técnico apenas para trazer alguém mais jovem é uma grande abobrinha – disparou. – Eu nunca faltei com o respeito com ninguém e não entendi o porquê dessa situação. Poderia sair todo mundo do Palmeiras, menos o Picerni e o Fred Ismania, seu auxiliar – opinou.
O ex-comandante do Verdão mostrou que ficou realmente chateado com sua saída do clube ao revelar que já tinha pronto um planejamento para levar o time de volta à trilha das vitórias em 2007.
– O projeto estava praticamente concretizado e faríamos uma grande campanha em 2007. Fui contratado pelas boas campanhas que fiz em 2003 e no início de 2004, quando chegamos perto do Paulista e da Copa do Brasil. Achei que ia continuar, mas infelizmente o que projetei não deu certo – concluiu.
GAZETA PRESS