| 19/12/2006 14h53min
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse hoje que o Poder Executivo não adotará nenhuma medida que afronte o Legislativo devido ao aumento de salário dos parlamentares. De acordo com o ministro, seria “um abuso na relação entre os Poderes” o governo interferir no assunto.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na manhã de hoje, em plenário, suspender o reajuste de 90,7% na remuneração dos deputados federais e senadores, que eleva o salário para R$ 24,5 mil. – Há um grande descontentamento popular. A sociedade civil está rejeitando a decisão. Mas o governo não vai fazer nenhum juízo de mérito e nem tomar qualquer medida técnica que possa parecer afronta ao Poder Legislativo – disse Tarso, depois de reunir-se com o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, no Palácio do Planalto. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou que o Congresso tem autonomia para decidir a questão. Indagado se a suspensão do reajuste dos parlamentares não seria uma boa ocasião para discutir a fixação de um teto salarial para os três Poderes, Tarso Genro respondeu que é preciso vontade conjunta para definir esse teto. AGÊNCIA BRASIL