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 | 15/12/2006 07h10min

Yeda sinaliza com veto para reajuste a servidores do Judiciário

Governadora eleita disse que Estado não tem como arcar com aumento

Foi com uma referência ao futebol que a governadora eleita Yeda Crusius (PSDB) criticou, na tarde de ontem, o reajuste de 6,09% para os servidores de Judiciário, Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público aprovado na terça-feira pela Assembléia Legislativa. Pelo prazo de sanção dos projetos de reajuste, caberá a Yeda a decisão de vetar ou não. Ontem, na saída de um encontro com o governador Germano Rigotto, no Palácio Piratini, Yeda sinalizou que deverá vetar o reajuste.

– Bateram escanteio fora da linha. Quando couber a mim a decisão, ela será própria de quem tem responsabilidade e assumirá – garantiu a governadora.

A aprovação do reajuste foi negociada pelo deputado Vieira da Cunha, do PDT, partido da base de apoio da governadora. Ontem, a tucana relembrou que havia pedido um prazo de 30 dias para que os parlamentares não votassem projetos que resultassem em gastos para o Executivo. O reajuste foi aprovado três dias após o fim do prazo.

Apesar de os sindicatos das categorias afirmarem que o aumento, a ser pago em janeiro e julho de 2007, já está previsto no orçamento dos poderes, Yeda garante que o Estado não teria como honrá-lo.

– A análise das contas do governo mostra que não há materialidade para honrar esses aumentos. Se isso for feito, tira dinheiro do posto de saúde, da merenda escolar, das ações de cotidiano que interessam à população – afirmou Yeda.

Em uma conversa de cerca de 25 minutos, Yeda e Rigotto também afinaram o discurso contrários à implementação do subsídio como forma de remuneração de Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Procuradoria-Geral do Estado e Tribunal de Contas. O subsídio é previsto pela Constituição Federal e, se aprovado, vai gerar um custo de cerca de R$ 180 milhões aos cofres do Estado.

– Se a Assembléia aprovar o projeto, as repercussões serão difíceis para o Tesouro. Não deve ser aprovado antes de uma negociação profunda – afirmou Rigotto.

A tucana complementou:

– Está faltando dinheiro para honrar os compromissos do dia, da folha, do 13º salário. Não há motivos para que se aumente o salário de uma categoria sem dizer como vai ser feito no caso do servidor da saúde, da educação e outros tantos.

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