| 05/12/2006 21h59min
Especialistas reunidos na Conferência Internacional sobre a Mudança Climática em Bremen, no norte da Alemanha, prevêem que o processo de degelo do Pólo Norte se acelerará drasticamente nos próximos anos, de modo que no verão de 2080 não haverá gelo na região. Os pesquisadores se baseiam em medições realizadas por computador e por bóias distribuídas pelo círculo polar.
Esse processo terá conseqüências para além da região ártica, advertiu o oceanógrafo Eberhard Fahrbach, do Instituto Alfred Wegner para Pesquisas Polares e Marítimas. Não se trata só de medir as conseqüências que o degelo terá para os ursos polares e seu habitat, mas para toda a cadeia alimentar. – Tudo isto tem conseqüências para o peixe que chega a nossa mesa – disse Fahrbach. Participam do projeto especialistas de 45 institutos de pesquisa, procedentes de 12 países europeus, em cooperação com Estados Unidos, Canadá e Japão. Os pesquisadores lembraram o papel que os dois círculos polares desempenham no clima do resto do mundo, assim como o fato de que as mudanças se evidenciam nos dois extremos muito mais depressa do que no resto do planeta. Em setembro, cientistas americanos advertiram que as geleiras do Pólo Norte haviam diminuído 14% em 2004 e 2005. No total, desapareceu uma superfície de gelo permanente de 730 mil quilômetros quadrados, mais do que o dobro do território da Alemanha. AGÊNCIA EFE