Diplomatas da França, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, Rússia e China se reunirão amanhã em Paris para analisar uma possível resolução do Conselho de Segurança da ONU contendo eventuais sanções ao Irã por persistir em seu programa nuclear. O Ministério de Assuntos Exteriores da França confirmou hoje a reunião multilateral para debater uma solução para a polêmica, que começou com o desejo do Irã de prosseguir com seu programa de enriquecimento de urânio, contrariando os apelos das Nações Unidas.

Na semana passada, a França, o Reino Unido e a Alemanha apresentaram em Nova York um projeto de resolução. Entretanto, existem diferenças de critério a respeito da questão original, que é a aplicação de sanções ao país árabe. A diplomacia francesa disse então que as sanções têm como alvo os programas nuclear e balístico iranianos, assim como as entidades que os dirigem e os indivíduos que os incentivam.

Hoje, o porta-voz do Ministério francês, Jean-Baptiste Mattéi, limitou-se a afirmar que o grupo irá analisar a situação. No sábado passado o ministro de Assuntos Exteriores russo, Serguei Lavrov, afirmou acreditar que a reunião de Paris será desenvolvida de maneira construtiva, sem a intenção de punir o Irã.

Os europeus optaram por uma linha conciliatória entre a maior agressividade demonstrada pelos EUA e a atitude da Rússia e da China, que estão pouco inclinadas a adotar medidas que possam aumentar o isolamento do regime iraniano.

Uma resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU em julho exigia que Teerã suspendesse seu programa de enriquecimento de urânio, material com possível uso militar, apesar de o governo iraniano alegar que seus objetivos são pacíficos e civis.

No entanto, o Irã não acatou a resolução nem os sucessivos apelos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

AGÊNCIA EFE