| 30/11/2006 11h27min
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, mudou o discurso do governo em relação às eleições para as presidências das Mesas da Câmara e do Senado. Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito que aguardaria as eleições no Congresso para fazer a reforma ministerial para o segundo mandato, Tarso afirmou que o governo não pretende fazer qualquer tipo de interferência na sucessão no Congresso.
– O governo não vai opinar, não vai solicitar a apresentação ou retirada de candidatura. O governo tem interesse que se forme uma maioria visível na base do governo para a eleição na presidência da Câmara – afirmou Tarso na manhã desta quinta-feira.
O ministro afirmou também que a candidatura do líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), é um direito do partido e da bancada. Nesta quarta-feira, Chinaglia admitiu a possibilidade de concorrer à presidência da Casa.
– É um processo longo de amadurecimento aqui na Câmara dos Deputados. Existe a possibilidade de eu vir a ser candidato, mas é claro que sou dependente da bancada e dos partidos que apóiam o governo. Ninguém vira presidente da Câmara só porque quer ou só porque o partido quer. É preciso ter amplo apoio na Câmara. Estamos avaliando – disse Chinaglia.
Também nesta quarta-feira, a bancada do PFL decidiu, por unanimidade, lançar a candidatura de José Agripino Maia (RN) para a presidência do Senado. O pré-candidato disse que agora irá procurar o apoio do PSDB para a empreitada:
– O próximo passo será consultar os aliados, como o PSDB. Temos amparo legal para reivindicar a presidência do Senado. Agora temos de construir a perspectiva de vitória. Se o PSDB priorizar a disputa pela presidência do Senado, minha candidatura estará consolidada e passará a existir oficialmente.