| 26/11/2006 15h56min
O senador Arthur Virgílio (PSDB- AM), que deverá enfrentar em 2007 o seu nono ano de liderança no Congresso (já foram quatro como líder do governo e quatro como líder de seu partido no Senado), passou a semana sendo obrigado a explicar a carona que pegou no avião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na volta do enterro do colega Ramez Tebet.
Em entrevista ao Globo Online, Virgílio afirmou que não mais idade para fazer ''pirraça'', ou seja, recusar a carona. O tucano, conhecido por seus discursos inflamados na tribuna do Senado, chegou a elogiar a situação em que o Brasil se encontra no governo Lula. Disse ainda que se o governo tiver uma pauta de interesse nacional para discutir com o partido, há possibilidade de entendimento, desde que os tucanos possam participar efetivamente do assunto. Apesar disso, é categórico ao afirmar que fazer parte da coalizão, só em caso de ‘caos’.
Virgílio também admitiu erros na campanha presidencial e falou que o PSDB passará por um processo de mudança nos próximos anos. A idéia é se aproximar mais do povo e promover a organização de uma militância tucana 'ruidosa'. Segundo ele, esse seria um dos motivos da derrota de Alckmin. Apesar de reconhecer o fato de o candidato tucano ter conseguido quase 38 milhões de votos, o líder acredita que o partido não ‘soube buscar a vitória’.
Virgílio, que também amargou a derrota para o governo de Amazonas tendo pouco mais de 5% dos votos, disse que no restante de seu mandato como senador (que vai até 2010), irá ‘adjetivar menos’ e fazer uma atuação mais 'sóbria'.
AGÊNCIA O GLOBO