| 25/11/2006 12h58min
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, reafirmou neste sábado os comentários que fez ontem, de que o governo deve defender fortemente um governo de coalizão e que o acordo do governo Lula com o PMDB permitirá a formação de um bloco partidário "forte e de expressão nacional". Ao chegar ao encontro do Diretório Nacional do PT, que acontece neste fim de semana em São Paulo, Tarso Genro defendeu que as articulações do Executivo com a oposição "para dar sustentação a um governo de centro-esquerda".
– Com a vitória do presidente Lula na eleição, o PMDB, como partido centrista, se unifica agora para dar sustentação ao governo de centro-esquerda - afirmou o ministro, ao chegar ao primeiro encontro do diretório após a reeleição de Lula.
Segundo Tarso Genro, o governo precisa defender estas coalizões para que o país tenha de fato sucesso em uma futura reforma política.
– É isso que o Brasil precisa agora para ter estabilidade política, para ter um diálogo correto com a oposição, e sobretudo para propor à oposição um tema universal, que é a questão da reforma política. (A reforma) Não será feita nem pela coalizão nem por um partido. Será feita após um acordo político entre todos os partidos - defendeu.
Perguntando se o PT estaria disposto a dividir o poder, Tarso Genro afirmou que sim, já que o partido assume uma responsabilidade maior do que tinha antes da reeleição - quando era apenas um partido de governo - e passa a ser um partido "fundamental numa coalizão política que exige disposição de diálogo".
A movimentação dos petistas do diretório já é grande. Estão presentes no encontro nacional, o governador eleito da Bahia Jaques Wagner, o líder do governo na Câmara Arlindo Chinaglia, a deputada federal Maria do Rosário, o prefeito de Guarulhos, Eloi Pietá e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
AGÊNCIA O GLOBO