| 07/11/2006 17h04min
O vice-líder do governo na Câmara Beto Albuquerque (PSB-RS) disse nesta terça-feira que seu partido tem consciência de que merece ganhar mais espaço no governo, principalmente depois do resultado desta eleição. No entanto, o deputado garantiu que o partido vai deixar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva livre para fazer suas escolhas na composição do novo governo.
– Deixamos o Lula à vontade para que ele diga o que pensa do PSB. Não vamos colocar uma espada na garganta do presidente. Entendemos que o PSB cresceu, ultrapassado a cláusula de barreira, elegendo 27 deputados, três governadores no Nordeste (Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco). Temos que aumentar nosso protagonismo, nossa presença no governo – disse.
Sem citar nomes, o vice-líder do governo aproveitou para cutucar outros partidos da base aliada, que, segundo ele, não garantem o apoio prometido ao presidente Lula nas votações de matérias importantes no Congresso.
– Somos um partido leal, diferente de outros que ficam pipocando, prometem apoio e votos e não têm (...) Não passa pela nossa cabeça sair da base – disse.
Já o líder do PP na Câmara, Mário Negromonte (BA), foi explícito e reivindicou mais espaço no novo Ministério de Lula. O partido, que elegeu 41 parlamentares, sinalizou que, se o PMDB tiver espaço demais na administração federal, haverá reclamação.
– O próprio presidente já disse que vai rever (o Ministério) e que vai fazer uma coisa justa. É lógico que ele não vai querer nenhum partido da base insatisfeito. Todo mundo vai gritar, nós iremos gritar – avisou Negromonte.
AGÊNCIA O GLOBO