| 24/10/2006 10h09min
Uma nova cara para o Estádio Olímpico e sua transformação em arena. É o que pretendem três empresas da área de construção através de proposta de parceria à direção do Grêmio. Um dos grupos, com sócios uruguaios e equatorianos, já esteve reunido com o vice-presidente de patrimônio, Flavio Vaz Netto. As outras duas propostas são de empresários holandeses e paranaenses.
– Por enquanto, tudo ainda está muito no ar, são estudos preliminares – admite Mauro Rosito, diretor financeiro do Grêmio.
É provável que a negociação evolua ainda esta semana, quando os uruguaios e os equatorianos pretendem voltar a Porto Alegre, após passar por Florianópolis.
Diferente do que chegou a ser cogitado, nenhum dos grupos propõe a construção de um novo estádio. Durante a exibição de audiovisual aos dirigentes do Grêmio, o consórcio equatoriano-uruguaio deixou claro que sua idéia é modernizar o Olímpico.
Uma idéia comum aos três grupos é o total aproveitamento da área em que o estádio está construído. Nesse sentido, não se descarta a construção de shopping center, hotel e estacionamento. O retorno dos investidores viria da participação nos lucros que os empreendimentos poderiam gerar.
O arquiteto do Grêmio, Cesar Fontanari, lembra que uma das vantagens da transformação do estádio em arena é a possibilidade de atrair um grupo estrangeiro disposto a associar seu nome ao projeto.
Tornar o Olímpico rentável é uma idéia que agrada a Rosito. O seu sonho é fazer com que o estádio seja uma fonte diária de arrecadação. Atualmente, só gera receita em dias de jogos.
– Nosso estádio exige muitos recursos em manutenção e tudo custa muito caro. Isso aqui é uma cidade – compara.
Inaugurado em 1954, o Olímpico passou por uma reforma em 1980, época em que ganhou um anel superior. Próximo de virar sessentão, prepara-se para rejuvenescer.
LUÍS HENRIQUE BENFICA/ZERO HORA