| 17/10/2006 20h56min
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), afirmou nesta terça-feira que o partido deverá se fundir ao PV para ultrapassar a cláusula de barreira. Ele esteve à tarde com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello.
Freire conversou com o presidente do TSE sobre a interpretação que o tribunal adotará para a Lei dos Partidos (9096/95), que define a cláusula de barreira. O presidente do PPS defende a versão que prevê a necessidade de o partido alcançar 5% em nove estados, e não em todo o país, o que incluiria sua legenda dentre as que superaram a barreira.
O deputado adiantou que, se valer a interpretação de que é necessário obter 5% dos votos nacionais, sendo 2% espalhados em cada um de nove estados, o caminho natural do PPS será a fusão com o PV, igualmente afetado pelas exigências da cláusula de barreira. Freire disse que a fusão deverá acontecer o mais rápido possível.
– Um dos nomes da sigla poderá ser Partido Democrático de Esquerda – antecipou. O novo partido terá cerca de 37 parlamentares e poderá ser a sexta bancada na Câmara Federal.
O presidente do PPS também afirmou que o governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi, entregou nesta tarde a carta de desfiliação do partido e que o pedido já foi aceito. Maggi declarou apoio no segundo turno ao candidato à reeleição, presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PRB/PCdoB). O PPS faz parte da coordenação de campanha de Geraldo Alckmin (PSDB/PFL).
A assessoria do governador de Mato Grosso desmente a informação de Freire. E afirma que Maggi ainda não decidiu seu futuro no partido.
AGÊNCIA BRASIL