| 17/10/2006 12h57min
Marco Aurélio Garcia, presidente do PT e coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a neutralidade do PDT no segundo turno das eleições presidenciais frustrou mais os tucanos do que os petistas, já que havia a expectativa de que os pedetistas anunciassem apoio a Geraldo Alckmin. O tucano chegou a mandar uma carta ao partido, prometendo não fazer privatizações. Para Garcia, a decisão foi vista com bons olhos pelo PT, que, segundo ele, já conta com o apoio de líderes do PDT.
– O PDT adotou uma linha de neutralidade que nos parece positiva. Evidentemente, nós teríamos preferido que eles apoiassem a candidatura Lula, mas a neutralidade frustrou muito mais a nossos adversários que a nós. O presidente do PDT, Carlos Lupi, anunciou que o nome do partido não poderia ser usado por nenhuma candidatura. A única coisa que podemos dizer é que há um número expressivo de dirigentes pedetistas que está apoiando a candidatura Lula, alguns até no primeiro turno, como o prefeito de Campinas (Dr. Hélio), o prefeito de Salvador (João Henrique), o governador Valdez Goes (Amapá), além de outros – disse Marco Aurélio.
O presidente do PT afirmou que não irá procurar Cristovam Buarque, em respeito à decisão do PDT, que proibiu a manifestação do candidato derrotado, bem como a do presidente do partido, Carlos Lupi. Marco Aurélio Garcia disse ainda que parlamentares e representantes do P-Sol também teriam anunciado apoio a Lula, mas não quis citar nomes.
Sem uma aliança oficial com os pedetistas, o PSDB anunciou que tentará conseguir agora o apoio individual de Cristovam Buarque.
AGÊNCIA O GLOBO