O meia Carlos Alberto, que não viajou com o restante do elenco para Jarinu, se reapresentou no Parque São Jorge nesta terça após o afastamento de quatro dias imposto pelo técnico Emerson Leão e deu algumas voltas no gramado. O jogador espera para amanhã uma definição do seu futuro.

– Estou aguardando. Meu empresário vem falar com o presidente amanhã para resolver esta questão. Mas é bom que o torcedor saiba que quero ajudar e estou à disposição para jogar – comentou.

– Se tiver quer ficar treinado sozinho, vou continuar treinando. Se me mandarem ficar pulando como canguru na arquibancada, eu vou lá e faço. Enfim, quero estar participando e ficarei muito feliz se eu puder voltar a jogar – continuou o atleta.

Para ser reintegrado ao grupo, Carlos Alberto admite até pedir desculpas a Leão.

– Na minha opinião, é um problema simples de resolver. Sou uma pessoal super-humilde, herdei da minha família educação e caráter e não seria problema algum pedir desculpa para alguém. Isso mostra sinceridade e hombridade – disse.

Ressaltando que “um pedido de desculpas de ambas as partes é o melhor caminho”, o meia garantiu que não tem mágoa do treinador.

– As pessoas têm de conversar, falar o que acham um do outro e se acertarem. Não tenho mágoa nem ódio de ninguém e sempre fui muito bem tratado aqui no Corinthians – assegurou. – Tenho contrato para cumprir e quero cumprir. Agora, se não quiserem que eu cumpra, aí já não é problema meu. Se não quiserem contar mais com os meus serviços, que falem logo. Só não quero fazer papel de idiota – afirmou o jogador, que não quer ver a definição não se arrastando por muito tempo.

Carlos Alberto não quis falar especificamente o que gerou a discussão durante o jogo contra o Lanús e agradeceu o apoio dos colegas.

– Amanhã vou poder esclarecer tudo e vocês poderão entender o porquê das minhas reações naquele momento – disse. – Tenho falado com o Nery, o Magrão, o Amoroso, o César, o Betão e eles estão torcendo para que essa história acabe logo. Agradeço muito o apoio deles, mas não quero envolvê-los nesse problema que é meu – encerrou.

GAZETA PRESS