| 15/10/2006 15h29min
Com Ilsinho suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Muricy Ramalho deixou o Morumbi no sábado sem descansar a cabeça. Apesar de ter dois dias de folga pela frente, o treinador já está planejando a equipe que vai enfrentar o Grêmio, domingo, no Estádio Olímpico.
O jogo será uma decisão, que colocará em lados opostos o primeiro e o segundo colocado do Campeonato Brasileiro. Entre eles, uma diferença de oito pontos. Apesar da rivalidade, Muricy Ramalho não teme a tradição da torcida gaúcha de causar problemas aos adversários fora de campo.
– Eles (gremistas) gostam de jogar uma bomba um dia antes do jogo (na concentração adversária). A polícia de Porto Alegre precisa ficar atenta porque este é o forte deles – disse o treinador são-paulino, que dirigiu o Inter.
Na época em que era Colorado, Muricy sofreu com a bomba de fabricação caseira da torcida gremista.
– Fomos dormir só às 4h, mas, no dia seguinte, vencemos por 3 a 1 – lembra o treinador.
Uma vitória no Olímpico será um passo grande rumo ao título para o São Paulo. O treinador, no entanto, está ciente das dificuldades.
– Temos que buscar pontos fora de casa também. Uma vitória lá é uma chance de matar nosso adversário mais de perto – disse Muricy, que confia nos quatro jogos no Morumbi (Ponte Preta, Botafogo, Atlético-PR e Cruzeiro) para conquistar a taça.
O São Paulo ainda não decidiu a melhor maneira de evitar o contato com a torcida gremista no próximo final de semana. Na final da Copa Libertadores, contra o Internacional, o time paulista ficou hospedado em um hotel fazenda em Viamão, a 40 quilômetros da capital gaúcha.
– Parece que há um probleminha lá agora e teremos de procurar outra opção segura de hospedagem – avisou Muricy.
GAZETA PRESS