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 | 13/10/2006 16h52min

Acrefi e Secif acreditam em queda de 0,5 ponto na Selic

Copom irá decidir sobre nova taxa de juros na próxima semana

A Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) e o Sindicato das Financeiras do estado do Rio de Janeiro (Secif-RJ) divulgaram nota nesta sexta em que prevêm um corte de apenas 0,5 ponto percentual nos juros básicos da economia na reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) da próxima semana. Com isso, a taxa Selic iria para 13,75% ao ano.

O conselheiro econômico da Acrefi, Istvan Kasznar, ressalta que o Banco Central tem espaço de sobra, no momento, para fazer cortes maiores de juros.

– Eu aposto em uma queda de 0,5 ponto na taxa Selic nessa próxima reunião, mas ainda assim será uma postura conservadora da autoridade monetária, que, durante todo o governo trabalhista, se utilizou de uma política monetária duríssima, extremamente ortodoxa, para enfim acabar com as expectativas inflacionárias, desarmando a indexação, tomara que para sempre – enfatiza.

Kasznar não descarta porém que o BC se utilize de um efeito surpresa e promova cortes ainda mais substanciais na Selic até o fim do ano.

– Acho pouco provável, mas quedas de 0,75 ponto ou mesmo de 1 ponto percentual não devem ser descartadas, até porque além de existir grande espaço para tal, o crescimento da economia ficará bem aquém do desejável esse ano e agora já é hora de preparar um terreno mais fértil para 2007 – ressalta.

O presidente da Secif-RJ, José Arthur Assunção, também acredita que o Copom vai optar novamente pelo corte de 0,5 ponto, já que a expectativa de inflação vem decrescendo a cada semana.

– Já tem gente levantando a hipótese de o custo de vida ficar abaixo do piso da meta para esse ano, que é de 2,5%. Isso elevaria ainda mais os juros reais, que são compostos pela taxa nominal, que hoje ainda está em 14,25% descontando-se a inflação – opinou.

Segundo Assunção, é possível que o Banco Central tenha errado um pouco na mão esse na política monetária ao trazer a inflação para um nível tão perto do piso da meta.

– Mas talvez fosse preciso uma dose cavalar de juros para dar fim à indexação. O Brasil hoje ostenta uma inflação de Primeiro Mundo. E se realmente houve excesso de cautela na condução da taxa de juros, ele vai corrigindo, aos poucos, em 2007 – afirmou.

Para a última reunião do Copom de 2006, que será realizada no final de novembro, Assunção acredita que poderá haver outro corte de 0,5 ponto percentual, apesar de o mercado ainda prever 0,25. Tudo vai depender, segundo o executivo, das projeções de inflação daqui até lá.

– Se a inflação continuar em queda, a Selic vai cair mais fortemente como consequência – acrescentou.

AGÊNCIA O GLOBO

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