| 05/10/2006 11h03min
Depois de um dia inteiro de muitas especulações de que o coordenador da campanha de Lula no Rio Grande do Sul, Valdeci Oliveira (PT), seria substituído pelo candidato derrotado ao Senado Miguel Rossetto (PT), o partido chegou a uma solução salomônica. Valdeci continua no cargo, mas terá de dividir o espaço com mais quatro pesos-pesados: a deputada federal mais votada no Estado, Manuela D'Ávila (PCdoB), os deputados federais, Beto Albuquerque (PSB) e Henrique Fontana (PT), e Rossetto.
O grupo vai auxiliar Valdeci na luta pela reeleição de Lula. O prefeito de Santa Maria , que está licenciado, recebeu a orientação para "convidar" os companheiros, por volta das 20h de ontem, em telefonema do coordenador nacional da campanha, Marco Aurélio Garcia. A notícia de que Valdeci seria trocado, a exemplo do que ocorreu em São Paulo e da região Nordeste (assumiram a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy e o ex-ministro da Articulação Política de Lula e governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, respectivamente), veio de dentro do próprio PT. O motivo para o afastamento de Valdeci seria a baixa votação de Lula no Estado. A avaliação não estava totalmente errada. A idéia continua sendo a de reforçar a equipe do segundo turno com quem participou diretamente da eleição, ou seja, os candidatos, principalmente os que fizeram uma boa votação. No entanto, a coordenação nacional optou por manter Valdeci no cargo. Fernando Menezes, coordenador regional do PT, defendeu que não é momento de desagregações: – Temos de fazer esforços para construir unidade e deixar para novembro a discussão sobre as divergências. Entre tantas dúvidas que rondaram o partido ontem, a única coisa que os petistas concordam é que é hora de unir forças. Nessa semana, acontecem muitas reuniões no Estado e em Santa Maria para definir as estratégias. A presidenta estadual do partido no Estado, Margarete Moraes, reforçou a idéia de que o partido está ampliando os apoios para o segundo turno. DIÁRIO DE SANTA MARIA