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 | 29/09/2006 11h34min

Tráfego internacional de passageiros cresce 6,1% até agosto

América Latina foi única região que registou queda no mês, de 8,5%

O tráfego internacional de passageiros aumentou 6,1% nos primeiros oito meses do ano comparado ao mesmo período do ano anterior, enquanto o de mercadorias cresceu 5,2%, informou hoje a Associação para o Transporte Aéreo Internacional (Iata). O comunicado divulgado pela associação indica que, juntando a queda no preço dos combustíveis a essa tendência em alta, a indústria aérea pode fechar o ano com melhores resultados que as perdas de US$ 1,7 bilhão previstas para 2006.

Apenas durante agosto, o tráfego internacional de passageiros cresceu 4,8%, o que representa, no entanto, o menor aumento desde 2003 e o quarto mês consecutivo de arrefecimento da demanda. Além disso, no mesmo mês as mercadorias transportadas aumentaram 4,7%, um ponto percentual a mais que em julho, mas ainda abaixo da média histórica dessa indústria de 6%.

Como nos últimos meses, em agosto o Oriente Médio foi a região que registrou maior ritmo de crescimento, tanto no tráfego de passageiros (11,9%) quanto no de carga (13,1%). Na África, o tráfego de passageiros aumentou 8,9% e o de mercadorias, 10,6 %. Enquanto isso, na Europa, as taxas de aumento ficaram estáveis em 3,5% (passageiros) e 2,6% (mercadorias). A América Latina registrou queda de 8,5% no tráfego de passageiros e alta de 1,1% no transporte de mercadorias.

O diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani, afirmou que, apesar de tudo, o setor se "movimenta na direção adequada" e está no caminho de conseguir lucro de US$ 1,9 bilhão em 2007. Com isso conseguiria sair do vermelho pela primeira vez em seis anos. No entanto, disse que é "absolutamente necessário" estabelecer certas mudanças no sistema, já que, embora o alerta terrorista de meados de setembro no Reino Unido não tenha tido "claro impacto no crescimento do tráfego, mandou uma forte advertência à indústria".

– Precisamos de melhor planejamento diante das eventualidades nos aeroportos, maior harmonização das medidas de segurança fronteiriças e que os Governos assumam a carga desses custos – disse Bisignani.

AGÊNCIA EFE
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