| 21/09/2006 14h44min
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou na manhã desta quinta-feira que o país está sob o comando de uma sofisticada organização criminosa. Em entrevista à Rádio CBN, Alckmin disse não acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desconhecia "mais uma vez ações criminosas" praticadas por auxiliares. Ele disse ainda que a credibilidade do presidente sofre corrosão.
– Há uma corrosão diária na credibilidade do presidente. Ninguém mais acredita no Lula – afirmou Alckmin, citando os petistas envolvidos no escândalo do dossiê.
– Não é possível alguém acreditar que o presidente de novo não sabe nada e não viu nada. O que estamos vendo é uma sofisticada organização criminosa – acrescentou.
Depois, em conversa com os jornalistas, Alckmin disse que como governante Lula não poderia desconhecer as ações dos subordinados petistas:
– É muito difícil um governante não saber das coisas que se passam em seu governo. Pode não saber dos detalhes. E há um provérbio que diz:
– Diga-me com quem andas e dirti-ei quem és.
Todas essas pessoas (envolvidas no esquema do dossiê) foram nomeadas pelo presidente, são da intimidade do presidente, do time, da turminha do Lula.
Indagado sobre qual o interesse do presidente em prejudicar as campanhas tucanas, dada a larga vantagem que tem nas pesquisas de intenção de voto, Alckmin comparou a situação a um flagrante de roubo de carros.
– Ladrão de carro quando é pego fala: Puxa, mas não precisava disso. Mas por que roubou?. Roubou porque achava que não seria pego – disparou.
Mais cedo, Alckmin usou seu horário eleitoral no rádio para dar destaque ao escândalo do dossiê.
O ministro José Delgado, relator do recurso, alegou dois motivos para não analisar o mérito da ação: a alegação do recorrente era genérica e houve erro no tipo de recurso apresentado ao TSE. O ministro disse que
as alegações eram genéricas.