A Polícia Federal informou na tarde desta quarta, dia 20, que o dinheiro que seria usado para comprar um dossiê contra o tucano José Serra saiu de três bancos: Safra, Bradesco e Bankboston. Na semana passada a PF apreendeu US$ 248,8 mil e R$ 1,168 milhão com Valdebran Padilha e Gedimar Passos. A quantia foi encontrada em dois quartos de um hotel próximo ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro César Asfor Rocha, acatou nesta terça o pedido do PSDB hoje e abriu investigação eleitoral contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no episódio da negociação do Dossiê Cuiabá. O ministro determinou a notificação do presidente Lula e dos demais envolvidos, citados na ação de investigação judicial e eleitoral protocolada pelo PSDB na tarde de segunda no TSE.

Além do presidente Lula, serão investigados o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, Gedimar Passos, Valdebran Carlos Padilha da Silva e Freud Godoy. Gedimar e Valdebran foram presos em um hotel de São Paulo, quando tentavam comprar o dossiê contra José Serra. Todos serão investigados pela prática de poder político e econômico em beneficio de Lula.

O dono da Planam, Luiz Antonio Trevisan Vedoin, e seu primo Paulo Roberto Trevisan Vedoin são acusados de planejar a venda, por cerca de R$ 2 milhões, de imagens de vídeo, uma agenda e fotografias que poderiam envolver políticos do PSDB no esquema de compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento Geral da União, a máfia dos sanguessugas. Assessor de Lula, Freud é apontado como a pessoa que teria encomendado o dossiê.

AGÊNCIA O GLOBO