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 | 19/09/2006 19h23min

CBF confia na iniciativa privada para viabilizar evento em 2014

Ricardo Teixeira disse que a Confederação Argentina apóia o Brasil

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse nesta terça ter total confiança na realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O dirigente classificou os estádios nacionais como completamente obsoletos, mas garantiu ter opções planejadas para solucionar o assunto.

– Temos oito anos até lá. Portanto, é perfeitamente factível a construção e reformulação de todos os estádios – disse Ricardo Teixeira, que esteve em São Paulo na segunda-feira no lançamento do relatório da Comissão Paz no Esporte.

O dirigente brasileiro negou que a Argentina esteja planejando se candidatar e garantiu que Julio Grondona, presidente da Associação de Futebol Argentino, está apoiando o Brasil e não abrindo concorrência.

Também presente no evento, o Ministro do Esporte do Brasil, Orlando Silva, se colocou novamente à disposição para ajudar no que for possível.

– As tarefas públicas podem ser cumpridas. Nosso papel é melhorar os transportes, cuidar da infra-estrutura e dos serviços. A CBF confia na iniciativa privada para resolver o problema dos estádios – disse Orlando Silva.

Depois de dizer que nem o Maracanã, construído para a Copa de 1950, é viável na estrutura atual, Ricardo Teixeira não perdeu a confiança na realização do evento.

– A iniciativa privada vai nos ajudar. Para 2010, A África do Sul vai fazer todos os estádios. A Alemanha também passou por obras em todas as sedes – lembrou o presidente da CBF.

Marcelo Portugal Gouvêa, diretor de planejamento do São Paulo, foi um dos representantes dos clubes que esteve presente no evento, realizado na Federação Paulista de Futebol. Ele ouviu atentamente as novas medidas adotadas visando diminuir a violência dos estádios, mas não se mostrou confiante na possibilidade de o Brasil sediar a Copa de 2014.

– Sou pessimista em relação a este assunto. Nossa situação hoteleira é ótima. O transporte é de possível resolução. O problema mesmo são os estádios – opinou o dirigente são-paulino.

GAZETA PRESS
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