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 | 18/09/2006 15h56min

Ellen Gracie pede investigação imediata de grampos no STF

TSE divulgou relatório que acusou existência de escutas telefônicas

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, pediu nesta segunda-feira ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que acione a Polícia Federal (PF) para investigar o mais rapidamente possível a origem de supostas escutas telefônicas nos gabinetes dos ministros Marco Aurélio e Cezar Peluso. Thomaz Bastos garantiu à ministra Ellen Gracie que ainda nesta segunda acionará o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, para que sejam feitas investigações.

Nesta segunda-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou um relatório feito por uma empresa especializada em segurança que acusou a existência de escutas telefônicas instaladas em linhas utilizadas pelos ministros Marco Aurélio e Cezar Peluso, no STF, e também pelo ministro Marcelo Ribeiro, no TSE.

O diretor-geral tribunal, Athayde Fontoura Filho, disse que até o fim do segundo turno das eleições varreduras serão feitas semanalmente nos telefones do tribunal. De acordo com Athayde, as varreduras nas linhas do TSE são feitas mensalmente há pelo menos nove anos.

Athayde não sabe dizer quando foram instalados os grampos no STF, já que a Corte não costumava fazer esse tipo de inspeção. A varredura que detectou os grampos no STF foi feita a pedido do ministro Cezar Peluso.

O presidente do TSE vai se reunir na tarde desta segunda-feira, no Rio de Janeiro, com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o diretor geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, para tratar do grampo. Marco Aurélio disse ainda que recebeu um telefonema do ministro da Justiça na manhã desta segunda.

Segundo o presidente do TSE, Márcio Thomaz Bastos se disse “perplexo” com a notícia. O ministro da Justiça teria assegurado que vai instaurar inquéritos ainda nesta segunda para apurar o caso, mas destacou ao presidente do TSE que é difícil identificar os reais responsáveis pela instalação de grampos.

O presidente do TSE também vai pedir à Procuradoria-Geral da República para investigar o caso. A Sence cobra R$ 250 por cada linha telefônica inspecionada e checa mensalmente 60 telefones do TSE. Segundo a empresa, o grampo é profissional.

AGÊNCIA O GLOBO
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