O presidente de Cuba, Fidel Castro, encontrou-se com o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, que chegou ontem a Havana para assistir à 14ª Cúpula do Movimento de Países Não-Alinhados (Noal), que reúne países distanciados do governo dos Estados Unidos.

Segundo a imprensa oficial cubana, o encontro aconteceu na noite desta quinta-feira e durou cerca de uma hora, permitindo que Fidel e Annan pudessem discutir sobre a relevância da Cúpula e outros importantes temas internacionais, como a situação do Oriente Médio e a realidade da África.

Fidel agradeceu ao dirigente máximo das Nações Unidas por sua presença na ilha e deu a Annan uma cópia autografada da edição revisada do livro Cem Horas com Fidel, do jornalista espanhol Ignacio Ramonet.

De acordo com o jornal oficial Granma, o presidente cubano assinou sua biografia e escreveu a dedicatória "para Kofi Annan, nosso infinito reconhecimento". Também participaram da reunião o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Felipe Pérez Roque, e o embaixador cubano na ONU, Rodrigo Malmierca.

A possível aparição de Fidel na reunião de Chefes de Estado e do Governo da 14ª Cúpula de Países Não-Alinhados é o principal atrativo dos trabalhos de hoje em Havana.

O líder cubano, de 80 anos, se viu obrigado a delegar provisoriamente o poder a seu irmão Raúl, em 31 de julho, após uma delicada intervenção cirúrgica no intestino.

O presidente interino de Cuba, Raúl Castro, deu hoje oficialmente as boas-vindas aos chefes de Estado e governo presentes à cúpula, que ocorre até este sábado. Raúl recebeu as delegações na entrada do Palácio de Convenções da capital cubana.

Entre os governantes recebidos por Raúl Castro estão a presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

A Cúpula conta com a presença de chefes de Estado e Governo de todo o mundo, dentre os quais os presidentes da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, da Venezuela, Hugo Chávez, do Paquistão, Pervez Musarraf, da República Dominicana, Leonel Fernández, da Bolívia, Evo Morales, do Equador, Alfredo Palacio, e do Panamá, Martín Torrijos.

O Brasil, representado pelo chanceler brasileiro Celso Amorim, participa como país observador.

AGÊNCIA EFE