| 15/09/2006 00h22min
O técnico da Seleção Brasileira, Dunga, deixou claro nesta quinta que não fará loucuras para encaixar todos os talentos disponíveis entre os 11 titulares da equipe. O treinador justificou que sempre tentará buscar o ponto de equilíbrio do time canarinho.
– Acho que na seleção brasileira temos que buscar o equilíbrio. Temos 22 jogadores de qualidade e não dá para achar lugar para os 22, pois só podem jogar 11. Então, na hora oportuna vou escolher 11 – avisou o técnico, em evento que reuniu em São Paulo campeões mundiais pela Seleção.
Questionado sobre a possibilidade de escalar novamente o quadrado mágico, Dunga tentou desconversar, mas acabou admitindo ser difícil formar novamente a linha ofensiva que acabou não dando certo na Copa do Mundo.
– Minha metodologia é a seguinte: não posso arrumar lugar para todo mundo no time. É como em uma empresa jornalística: pode ter dois repórteres e três cinegrafistas, mas tem que colocar só um de cada. Se colocar tudo junto, não sai uma coisa boa – exemplificou.
Já sobre a reedição da dupla formada por Robinho e Ronaldo, o comandante também foi direto: “Vai depender dos próprios jogadores”. O treinador, por sinal, assegurou que tem o aval da CBF para convocar os atletas que quiser, inclusive o “Fenômeno”.
– Tenho total liberdade de chamar quem quiser. Mas ele não está jogando, está em recuperação. Todos os jogadores que estão em atividade têm condições de defender a seleção brasileira. Vai depender da continuidade deles nos clubes, de como estão se apresentando. A porta da seleção está aberta para todos. Quem se convoca são eles.
Dunga voltou a confirmar que sempre tentará encaixar cada atleta dentro das próprias características e citou como exemplo o posicionamento de Ronaldinho Gaúcho no amistoso contra País de Gales.
– Dentro do possível, vamos aproximar o máximo possível os jogadores dentro das características em que eles jogam em seus clubes. E o Ronaldinho não foi diferente. Ele jogou na posição em que atua no Barcelona – concluiu.
GAZETA PRESS