| 13/09/2006 12h35min
Mesmo diante das sucessivas reduções feitas pelo Banco Central na taxa Selic, os juros continuam tendo um impacto significativo no aumento do estoque da dívida mobiliária federal interna (em títulos públicos). Em agosto, o estoque chegou a R$ 1,04 trilhão, o que representou um aumento de R$ 25,08 bilhões em relação a julho. Deste total, a emissão líquida de títulos correspondeu a R$ 12,5 bilhões, enquanto os juros somaram R$ 12,58 bilhões.
O coordenador de operações da dívida pública, Manuel Augusto Silva, disse que a redução feita nos juros pelo BC ainda terá impacto na dívida, mas não precisou quando isso vai ocorrer:
– Vamos sentir o impacto da redução dos juros mais à frente.
Ele disse que, apesar do aumento do estoque em agosto, a redução das turbulências no mercado internacional e o cenário doméstico mais positivo ajudaram o Tesouro Nacional a gerenciar a dívida pública no mês:
– A redução da volatilidade externa e o cenário doméstico positivo, com contas externas favoráveis, inflação baixa e melhoria de percepção do risco-país, significaram um ambiente positivo para o gerenciamento da dívida pública em agosto.
No mês, a parcela prefixada do estoque chegou a 31,5%, contra 30,4% em julho. Isso porque houve uma emissão líquida desses papéis num total de R$ 15 bilhões. Pela mesma razão, a parcela de títulos corrigidos pela Selic caiu de 43,2% para 42,5% no período.
AGÊNCIA O GLOBO