| 29/08/2006 13h52min
O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), reclamou das pressões que vem recebendo de deputados nos últimos dias por causa dos processos contra os acusados de envolvimento com a chamada máfia das ambulâncias.
– Uma das pressões mais violentas é a de deputados que querem escolher o relator do seu processo – disse Izar, durante uma rápida passagem pela reunião da CPI dos Sanguessugas, que ocorre no Senado. O deputado acredita que as pressões serão amenizadas com a realização, na próxima segunda, do sorteio dos relatores dos processos contra os 67 deputados acusados de participar do esquema de fraudes em compras de ambulâncias superfaturadas por prefeituras. Como o regulamento do Conselho de Ética impede que o relator seja do mesmo partido ou Estado do acusado, o sorteio de segunda terá de sofrer alguns direcionamentos. Além disso, alguns deputados serão escolhidos por Izar para relatar dois ou mais processos, já que o conselho tem apenas 27 integrantes. O presidente do conselho reiterou ainda ter recebido três cartas anônimas com intimidações ao seu trabalho. Ele anunciou também que, a partir de agora, não vai mais receber deputados ou advogados para tratar desses processos e que eles deverão falar diretamente com os relatores. AGÊNCIA CÂMARA