| 25/08/2006 20h07min
O candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Aloizio Mercadante, rebateu nesta sexta as acusações do secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, de que ocorreram reuniões, durante a eleição de 2004, entre candidatos do Partido dos Trabalhadores e líderes da facção criminosa que domina os presídios estaduais.
– As únicas reuniões que nós vimos, de uma negociação recorrente com essas organizações criminosa, são de algumas autoridades do Estado. Tivemos casos inclusive de avião do estado levar (advogados) para ter uma negociação com os chefes do crime organizado – afirmou o candidato, em referência à negociação ocorrida durante a primeira onda de ataques do crime organizado no mês de maio. Mercadante também colocou em dúvida os procedimentos do governo estadual na investigação da suposta ligação do PT com o crime organizado. – Já temos processo contra o meu adversário (o tucano José Serra) sobre esse assunto (acusação da ligação do partido com a facção). Nós vamos anexar tudo isso. Por que esse material (grampos telefônicos com conversa de presos ordenando que políticos do PT não sejam atacados) que era de maio nunca foi investigado com o rigor que deveria ser e aparece um mês antes das eleições? Eu acho que isso tudo são factóides para desviar a atenção da opinião pública – argumentou o petista, depois de participar de um encontro com entidades ligadas à construção civil. AGÊNCIA O GLOBO