| 14/08/2006 21h40min
O São Paulo toma todas as precauções para evitar contato com a torcida do Inter antes da partida de quarta, no Beira-Rio, na final da Libertadores. Desta forma, o clube já havia antecipado nos últimos dias que não divulgaria o horário do vôo e do desembarque em Porto Alegre, além do hotel que ficará na capital gaúcha. Para os jogadores, a ordem é esquecer os problemas e pensar apenas na partida.
– Tendo um lugar para dormir, descansar, alguma coisa para comer, eu fico tranqüilo – minimizou o atacante Leandro após o treino desta segunda realizado no CCT da Barra Funda.
Nos jogos da Libertadores, a torcida do Inter optou por incomodar os adversários na concentração. Assim, a tática era fazer muito barulho até a madrugada. Devido ao problema, na semifinal, o Libertad, do Paraguai, buscou o Hotel Blue Ville, que tem isolamento acústico e fica próximo ao Aeroporto Salgado Filho. O São Paulo deve usar a mesma estratégia.
Na visão de Leandro, mesmo que a torcida do Inter consiga descobrir o hotel do Tricolor, a pressão não vai trazer grande influência em campo.
– Sempre fui muito direto. Em futebol, não se ganha jogo com essas situações externas – destacou.
No jogo de ida no Morumbi, a diretoria do Colorado reclamou bastante do tratamento recebido por parte do São Paulo. Primeiro, o ônibus gaúcho foi alvo de alguns objetos na chegada. Para completar, os dirigentes reclamaram da posição em que foi colocada sua torcida – em uma arquibancada inferior à da torcida paulista.
O único que deve ser recebido com carinho no Beira-Rio é o técnico Muricy Ramalho, um dos responsáveis pela evolução do Inter nos últimos anos. Na última vez que esteve em Porto Alegre, ele foi aplaudido de pé pelos colorados.
GAZETA PRESS