| 08/08/2006 17h21min
O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin pode perder o direito à delação premiada e voltar à prisão. Quem informa é o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ). O benefício se destina a réus que colaboram com a Justiça.
Vedoin é um dos sócios da Planam, uma das empresas que lideravam esquema de superfaturamento na compra de ambulâncias, a partir de emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União. O assunto é investigado pela comissão parlamentar, pela Justiça do Mato Grosso, pela Polícia Federal e Ministério Público Federal. Segundo Antonio Carlos Biscaia, o sub-relator de Sistematização da CPI, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), encontrou 13 contradições no depoimento de Luiz Antônio Trevisan Vedoin. Biscaia alegou que o empresário investigado não pode alterar nenhuma declaração dada à Justiça ou à comissão, e, se não esclarecer os pontos obscuros quando a comissão voltar a se reunir pode perder o benefício da delação premiada. O mecanismo é um dos dois previstos na legislação brasileira para a redução ou a exclusão da pena de acusados que ajudem as investigações. Permite reduzir a pena dos acusados ou indiciados que voluntariamente colaborarem com a apuração e com o processo criminal. AGÊNCIA BRASIL