| 04/08/2006 21h42min
A situação do líder do PMDB no Senado, Ney Suassuana (PB), começa a criar constrangimentos à bancada de seu partido. O senador Pedro Simon (PMDB-RS), por exemplo, sugeriu hoje que Suassuna se licencie da liderança para se dedicar melhor a sua defesa. Em depoimento, Marcelo de Carvalho, ex-assessor de Suassuna, disse que o chefe tinha conhecimento de todas as emendas apresentadas ao Orçamento propondo a compra de ambulâncias que acabaram sendo fornecidas pela Planam, da família Vedoin, por valores superfaturados.
– Seria bom para o partido e para ele (Suassuana) próprio. É importante que fique claro que isso não será um reconhecimento de culpa prévia, mas um ato de inteligência do senador para se preservar e preservar o PMDB – aconselhou Simon. O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), admitiu que a apresentação do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito no próximo dia 10 deverá permitir que o partido tome as primeiras providências para punir os envolvidos no escândalo dos sanguessugas. – Se forem apresentadas provas cabais desse envolvimento, não me restará outra alternativa a não ser convocar a executiva do partido e propor a abertura de processo no conselho de ética – avisou Temer. AGÊNCIA O GLOBO