| 02/08/2006 14h34min
Em reunião nesta quarta-feira, a Executiva nacional do PFL decidiu abrir processo disciplinar contra os parlamentares do partido que forem citados no relatório preliminar da CPI dos Sanguessugas, se o documento for aprovado. A divulgação do relatório está prevista para o dia 10.
Segundo o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), é preciso aguardar o relatório preliminar da CPI para abrir os processos. Os parlamentares que forem condenados no processo disciplinar interno terão a filiação partidária imediatamente cancelada. Aprovada a expulsão do parlamentar, o PFL ajuizará representação na Justiça Eleitoral pedindo a retirada de sua candidatura. Bornhausen disse que todos os processos serão concluídos em agosto e está seguro de que a Justiça Eleitoral atenderá ao partido. – Uma pena dessa natureza deve ser recebida em qualquer momento pela Justiça Eleitoral. Tenho certeza que o TSE acatará nossa recomendação –, disse. Já foram citados oito deputados do PFL nos depoimentos da Máfia das Ambulâncias: Cesar Bandeira (MA), Almir Moura (RJ), Laura Carneiro (RJ), Marcos de Jesus (PE), Coriolano Sales (BA), Paulo Magalhães (BA), Zelinda Novaes (BA) e Celcita Pinheiro (MT). Os parlamentares terão oito dias para apresentar defesa. O relator dos processos será o presidente do PFL jovem, João Roma Neto. O presidente do PFL disse que alguns parlamentes já enviaram ao partido cópia da defesa apresentada na CPI e que o julgamento interno seguirá todos os trâmites legais. Fontes do PFL acreditam que cerca de quatro deputados devem ser expulsos. Questionado se as expulsões não prejudicariam o partido em ano de eleições, Bornhausen disse que pior será o partido não tomar nenhuma decisão. - O prejuízo eleitoral é muito maior se o partido não tomar uma decisão em relação a esse episódio – disse. AGÊNCIA GLOBO