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 | 29/07/2006 00h23min

Campanha de Alckmin tem duas baixas em Sergipe

Dois tucanos apóiam PT, mas direção nacional avisa que não aceita fato

Uma rebelião no PSDB de Sergipe já provocou duas baixas na campanha do tucano Geraldo Alckmin em apenas um mês. O racha ocorreu depois que o partido resolveu apoiar a reeleição do governador João Alves Filho, do PFL. Desde 1998 o PSDB e o PFL eram adversários no Estado.

Neste período, dois presidentes do PSDB no Estado renunciaram ao cargo e saíram do partido para anunciar apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à eleição do ex-prefeito de Aracaju Marcelo Déda, candidato ao governo estadual. O PSDB nacional já avisou que não aceitará tucano apoiando o PT.

O comando nacional da campanha de Alckmin demonstra preocupação com a situação em Sergipe, apesar de ser um estado pequeno. Por isso, o ex-governador Albano Franco, principal líder tucano no estado, está sendo convocado para tentar reverter a crise no ninho tucano.

A presidente do PSDB de Sergipe, a prefeita de Itabaiana, Maria Mendonça, rompeu formalmente nesta sexta-feira com o candidato do PFL, que tem em sua chapa o deputado estadual Fabiano Oliveira (PSDB) como vice. E anunciou apoio a Lula e a Déda numa solenidade em Aracaju.

No fim de junho, o deputado federal Bosco Costa, que comandava o PSDB estadual, já havia deixado o partido para apoiar Lula e Déda. Ele deixou a legenda depois que o PSDB decidiu fechar aliança com João Alves.

– O próprio Alckmin foi avisado de que isso iria ocorrer. O PSDB em Sergipe está rachado e a candidatura dele será atingida por isso. Vários prefeitos tucanos também já decidiram apoiar Lula – afirmou Bosco Costa, que já pediu desligamento do PSDB.

AGÊNCIA O GLOBO

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