| 28/07/2006 08h03min
O candidato ao governo federal Cristovam Buarque (PDT) participou nesta manhã de uma entrevista com a jornalista Ana Amélia Lemos no Canal Rural. O tema central da conversa foi a questão da educação. Ele sugere a federalização do setor, mas sendo os prefeitos dos municípios uma espécie de administradores dos recursos.
– Um presidente tem que cuidar de todos os aspectos da sociedade, tem que cuidar da economia, tem que cuidar da saúde, tem que cuidar da moradia, da segurança, que é um problema tão grande do Brasil. E eu vou cuidar de tudo isso. Mas o que vai mudar o Brasil, o que vai trazer a transformação do Brasil é a educação – disse o candidato.
O pedetista quer que a União tenha uma maior contribuição nessa área. Ele sugere que os 6% provenientes do governo federal passem a ser 13%. Segundo ele, os municípios e Estados ficam sobrecarregados com as despesas referentes ao Ensino Médio e Fundamental. Além disso, ele sugeriu a criação de uma lei de responsabilidade educacional para que os sucessores dos governos se comprometam com as propostas aplicadas anteriormente.
– A educação de base é o caminho para a gente garantir igualdade de oportunidades. Não tem outro jeito. Todo mundo fala em distribuir renda, mas não há como fazer isso a não ser através da educação – acrescentou.
Cristovam Buarque declarou que colocará escola em todas as cadeias. Apesar de defender o preparo dos detentos, o candidato duvida que a educação transforme o criminoso, papel que ele atribui à igreja. Contudo, ele diz que o ensino evita que os jovens caiam na criminalidade.
– A educação não cura o criminoso, mas evita. Para parar a violência, é preciso cadeia, mas para construir a paz no futuro é necessário escola hoje para as crianças – afirmou.