| 27/07/2006 18h13min
A possibilidade de redução do ritmo de corte da Selic, sugerida na nova ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), foi criticada pelos empresários.
Segundo o diretor do Departamento de Economia do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Antônio Corrêa de Lacerda, num cenário de baixa inflação e estabilidade dos índices de crescimento da economia haveria espaço para reduções ainda maiores do que as anunciadas pelo Copom.
– Com todos os cortes já feitos, os juros reais no Brasil seguem acima de 10%. Há evidente espaço para que a taxa seja ainda menor, mas o BC tende a optar por cortes menores do que o possível e o desejado – afirmou ele.
Para o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, o Copom nunca adotou uma postura ousada na administração dos juros.
– Na última reunião, mesmo com as indicações de menor inflação, o BC manteve uma redução de apenas 0,5 ponto. Como a inflação segue em queda, ele acabou interrompendo uma série de cortes dos juros reais. O BC continua tão conservador quanto antes – disse Francini.
AGÊNCIA O GLOBO