A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, afirmou hoje em Jerusalém que a violência no Oriente Médio deve acabar, mas numa situação em que Israel não volte a sofrer ataques com foguetes.

– É preciso acabar com a violência mas não podemos voltar a uma situação em que se disparam foguetes contra Israel – afirmou a chefe da diplomacia americana, ao ser recebida pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.

Ela acrescentou que a solução deve ser um acordo a longo prazo.

– Não tenho a intenção de voltar daqui a três semanas, três meses ou seis meses – disse.

O chefe do governo israelense comentou que "Israel vai continuar lutando contra o Hezbollah e não hesitará em empregar os meios necessários, por mais duros que sejam, contra todo aquele que representar uma ameaça".

Segundo Olmert, "15% da população de Israel estão nos abrigos há 14 dias e sofrem uma ofensiva brutal por parte da organização Hezbollah".

A secretária de Estado americana chegou ontem à região para discutir a possibilidade de um cessar-fogo entre Israel e a guerrilha islâmica, assim como o fim dos ataques à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, frentes em que o Exército israelense está combatendo há mais de um mês e meio.

Rice, que antes tinha feito uma visita-surpresa ao Líbano, se reuniu ontem à noite em Jerusalém com sua colega israelense, Tzipi Livni. A integrante do governo dos EUA chegou hoje à cidade cisjordaniana de Ramala para se reunir com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, com o objetivo de tratar da atual crise no Oriente Médio.

A chefe da diplomacia americana foi recebida pelo principal negociador palestino, Saeb Erekat, na porta da Muqata, a sede do governo em Ramala.