Às vésperas de mais um leilão, a Varig opera em um estado crítico, com cancelamento de vôos, redução do número de aeronaves em utilização e uma diminuição dos lucros. Hoje, na assembléia dos credores da empresa, que passa por um processo de recuperação judicial, o advogado da empresa Fábio Carvalho detalhou a situação da nova proposta de venda dos ativos, feita pela Volo do Brasil, cujo capital é estrangeiro e nacional.

Segundo o advogado, de junho de 2005 a julho de 2006, o que se viu com a Varig é uma “redução dramática e acelerada” da frota, da oferta e da receita da companhia aérea. Em dezembro de 2005, a Varig dispunha de 58 aeronaves, com previsão de aumento para 63 aviões. Atualmente, são apenas 12 aeronaves. A receita líquida mensal dos vôos caiu de US$ 197 milhões para US$ 32 milhões – uma redução de 84%.

– O quadro de insustentabilidade só não permite que a Varig pare graças ao dinheiro depositado pela VarigLog – analisou.

O novo plano de recuperação judicial prevê a alienação judicial da unidade produtiva da empresa, conhecida como Varig Operacional. O debate da reunião precisa aprovar um segundo plano de recuperação judicial. Só assim será autorizada a realização do leilão marcado para quarta. A parcela em dinheiro do leilão terá o valor mínimo de US$ 24 milhões.