O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou neste sábado, dia 15, que a melhor maneira de acabar com a atual crise no Oriente Médio é "o Hezbollah depor suas armas", e fez um apelo à Síria para que pressione a milícia.

Bush deu sua opinião durante uma entrevista coletiva ao lado do presidente russo, Vladimir Putin. Ele comentou o agravamento da situação no Oriente Médio, onde continuam os bombardeios israelenses no Líbano em represália ao seqüestro de dois soldados pela milícia Hezbollah.

Segundo o presidente americano, a violência começou porque "o Hezbollah lançou ataques de foguetes contra Israel e capturou dois soldados". Portanto, "a melhor maneira" para encerrar a violência é "depor as armas e libertar os prisioneiros".

– Peço à Síria que exerça sua influência – e impeça que o Hezbollah continue seus ataques contra Israel, afirmou Bush.

Além disso, afirmou, os países de todo o mundo e especialmente da região devem "apoiar as forças democráticas", entre elas o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e Israel.

O Hezbollah, insistiu o presidente americano, ataca Israel porque "quer impedir a solução do conflito no Oriente Médio". Putin concordou com a referência ao Hezbollah, dizendo que "é inaceitável alcançar objetivos políticos pela violência, atacando um Estado".

Neste sentido, explicou, a reação de Israel é "justificada". Mas "o uso da força deveria ser equilibrado" e "o banho de sangue deve acabar imediatamente".

Desde o começo da crise o presidente dos EUA afirma que Israel "tem direito de se defender". Outros países, como a Rússia e a França, se mostram mais críticos e pedem um cessar-fogo o mais rápido possível.

A situação no Oriente Médio será um dos principais assuntos na cúpula do G8 que começa hoje, com um jantar em São Petersburgo, e da qual, além de EUA e Rússia, participam também Canadá, Japão, França, Alemanha, Itália e Reino Unido.