| 13/07/2006 19h58min
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), e o relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), receberam hoje à tarde seis volumes com cópias dos depósitos bancários dos deputados citados pelo empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin. Os depósitos estão organizados por nome de parlamentares.
Luiz Antônio e seu pai, José Darci Vedoin, são acusados de participar do esquema de fraudes envolvendo a compra superfaturada de ambulâncias por prefeituras com recursos de emendas parlamentares ao Orçamento da União. As fraudes foram descobertas pela Polícia Federal quando foi realizada a Operação Sanguessuga. Biscaia e Lando também receberam as 151 páginas do depoimento de Luiz Antônio Trevisan dado ao juiz Jefferson Schneider no período de 3 a 12 de julho. Trevisan recebeu o benefício da delação premiada. Dos 15 parlamentares notificados inicialmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento na fraude das ambulâncias, nove já entregaram a defesa escrita. Segundo o presidente da CPI, alguns deles quiseram ter acesso à documentação em posse da comissão, mas não foram autorizados por Biscaia. Na próxima terça, o ministro do STF Gilmar Mendes, relator do caso no Supremo, decidirá se manterá ou não a exigência do sigilo sobre os parlamentares investigados. Biscaia defende a liberação do sigilo. Biscaia informou que a previsão da entrega do relatório final da CPI é início de agosto. Ainda não existe consenso entre o relator e o presidente sobre a necessidade de novas reuniões para depoimentos. O parlamentar destacou que, depois de analisar os documentos recebidos, avaliará a necessidade de ouvir Luiz Antônio Trevisan Vedoin em Brasília. AGÊNCIA CÂMARA