| 06/07/2006 18h18min
A primeira semifinal de Wimbledon será disputada entre tenistas que vivem momentos diferentes. De um lado, Roger Federer, número um do mundo, atual tricampeão do torneio, dono do recorde de vitórias seguidas na grama e outras marcas no esporte. Do outro, o modesto Jonas Bjorkman, número 59 do ranking, veterano de 34 anos e pela primeira vez na semi do Grand Slam inglês.
Tantas são as diferenças entre os jogadores que nem mesmo eles conseguiram evitar apostas para o duelo desta sexta-feira, às 9h (de Brasília). Em meio a tantos comentários positivos, Federer, por exemplo, deixou a modéstia de lado e se autoentitulou favorito para o confronto.
– A próxima rodada é um pouco perigosa, mas sou, obviamente, o favorito para vencer. Só que é Wimbledon, é a semifinal e ao mesmo tempo você não pode subestimar ninguém – admitiu o tenista, que venceu as últimas 46 partidas que realizou em quadras de grama.
Bjorkman também seguiu a mesma linha de
Federer, mas exatamente ao contrário. O tenista
foi comedido quando falou sobre suas chances na partida e só usou adjetivos para comentar sobre seu adversário.
– Ele é o número um que o tênis merece, por tudo que faz dentro e fora das quadras – admitiu o jogador.
Dez anos mais velho que o suíço, Bjorkman lembrou de um episódio entre os dois, quando Federer ainda era juvenil.
– Eu bati bola com ele há oito anos, quando estava com 16 ou 17. E ele pirou durante os treinos, então pensei: ‘Jesus, que jogador é esse? Ele não está pronto’. Mas depois, você vê no que ele se transformou, um cara inacreditavelmente habilidoso e maduro – afirmou.
Em sua campanha mais espetacular da carreira, o tenista de 34 anos nem chega a fazer previsões caso vença o duelo desta sexta. Mesmo que saia derrotado, garante que não vai esquecer a virada sobre o tcheco Radek Stepanek nas quartas, quando salvou match-point e venceu de forma heróica no quinto set, e outros detalhes do torneio.
– Estava tão emocionado ao final da partida. Só depois percebi o que havia conseguido. É sem dúvida o momento mais importante da minha carreira. Quero aproveitar agora porque sei que não terei muitos Wimbledons pela frente. Quero me divertir e dar o meu melhor em quadra – completou Bjorkman, que nesta quinta-feira foi derrotado nas quartas-de-final da chave de duplas.
GAZETA PRESS