Os funcionários do Besc já formaram quatro clubes de investimentos para comprar os 10% das ações do banco a que têm direito, segundo o edital de privatização. Eles vão comprar os papéis por metade do preço e revender ao novo dono com ágio de 80%.

O valor dos lotes e as regras da negociação ainda não foram definidos, de forma que a adesão ainda é baixa. Eles dependem do edital de privatização, sem data para sair, explicou o presidente do Investe Banco, Gabriel Pires. Já estão constituídos os clubes Investe Certo, Investe Banco, Besc Investe e Besc Ação.

Nesta quinta-feira, dia 3, representantes do BCN, que deve coordenar o clube Investe Banco, vão esclarecer as vantagens do negócio a grupos de funcionários, no Centro Administrativo do Besc, na Capital. Pires acredita que as regras de outras privatizações também vão valer para o Besc. Neste caso, os funcionários terão direito a 10% das ações – se o banco for vendido – e ainda desconto de 50% nos preços.

Se não tiver dinheiro, o governo federal empresta, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O trabalhador pode usar recursos próprios, como as indenizações do Plano de Dispensa Incentivada (PDI). A rentabilidade é certa. Se as regras forem mantidas, o novo dono terá que recomprar as ações e pagar 80% sobre o valor pago pelo empregado.

– O negócio é 100% seguro, não há perdas – completou o presidente do Besc Investe, Leocir Camilo Roman.

O clube tem 2,5 mil associados. Os papéis só serão vendidos se o banco for privatizado.

NÉIA PAVEI / DIÁRIO CATARINENSE